Uma sondagem realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que somente um em cada quatro (25,0%) micro e pequenos empresários que atuam no comércio e no segmento de serviços pretende fazer alguma contratação até o fim deste ano. Com o mercado de trabalho enfraquecido, mais da metade (59,3%) desses empresários não têm a intenção de contratar novos funcionários, seja porque não se veem atualmente em condições financeiras para aumentar a folha de pagamento da empresa (35,8%) ou por estarem com mão de obra ociosa (12,1%), uma vez que a atividade da empresa diminui nos últimos meses.
O levantamento revela ainda que 20,5% das micro e pequenas fizeram pelo menos uma demissão no último mês de junho, sendo que para 9,1% o desligamento aconteceu por conta da queda do faturamento do negócio. Outros 6,0% demitiram algum funcionário, mas contrataram outro para substituí-lo. Entre os que demitiram, a maioria (60,4%) desligou apenas um empregado.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a perspectiva é de que o quadro recessivo da economia se estabilize nos próximos meses, melhorando paulatinamente o ambiente no mercado de trabalho para novas contratações e menos demissões. “A piora no mercado de trabalho é resultado da recessão. Com a expectativa de resolução da crise política e a retomada da agenda econômica, a confiança dos empresários e dos consumidores devem voltar a apesentar melhoras e o ciclo de queda nas vendas no varejo irá se atenuar, iniciando um período lento, mas de gradual melhora”, analisa Pinheiro.
Metodologia
O SPC Brasil e a CNDL entrevistaram 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.
Há mais trinta anos, um grupo de comerciantes Varejistas de Petrolina, percebendo, visionariamente, a amplitude na qual está terra se tornaria, reuniu-se na sede da antiga Companhia Telefônica do São Francisco, com intuito de criar uma entidade que representasse, organizasse e unisse a classe lojista.
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