O uso da tecnologia NFC — Near Field Communication (para pagamento por aproximação) cresceu 474% no país só no primeiro semestre de 2022. No acumulado do ano, foram contabilizados R$ 386 bilhões em pagamentos por aproximação, um aumento de 249,5%, em comparação com mesmo período de 2021. A informação é Abecs — Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços.
A expectativa é de que os pagamentos feitos por aproximação movimentem R$ 3,2 trilhões ao longo de 2022. O número significativo faz todo o sentido quando se considera o volume de smartphones no Brasil, que é de 242 milhões, segundo levantamento da FGV – Fundação Getúlio Vargas neste ano. Com uma população de pouco mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há pouco mais de 1 aparelho por pessoa no país.
Segundo o presidente da Abecs, Rogério Panca, a solução de pagamento sem contato no celular, também conhecida como tap on phone, pode levar o NFC para o interior do Brasil e chegar a lugares onde a maquininha de cartão não está.
“Acreditamos, sim, que o tap on phone pode ser uma tendência. Inclusive, pode nos ajudar na interiorização, pois, às vezes, é maior a dificuldade de logística para encaminhar um POS (ponto de venda portátil ou maquinha de cartão). As pessoas que estão com um celular na mão podem transformar esse handset (equipamento) em um POS. Isso é algo que certamente ajudará na aceitação e democratização dos meios de pagamento”, diz Panca.
No terceiro trimestre de 2022, a Abecs registrou 3 bilhões de pagamentos por aproximação, mais que o dobro (+157%) em comparação a um ano atrás. O volume equivale a 37% do total de pagamentos com cartões no Brasil. “Não temos dúvida de que o pagamento por aproximação traz facilidade, até por dispensar autenticação em compras até R$ 200, seja via plástico ou device (aparelho)”, relatou o representante.
Entre julho e setembro, o pagamento por aproximação movimentou R$ 150,5 bilhões em transações. Desse total, o cartão de crédito representou R$ 83,5 bilhões; o débito registrou R$ 40 bilhões; e o cartão pré-pago, R$ 27 bilhões. O tíquete médio das transações no NFC foi de R$ 70 para o crédito, R$ 42 para o débito e R$ 32 para o pré-pago.
Praticidade e sustentabilidade
Uma das maiores bandeiras de cartões do mundo, anunciou há pouco mais de um ano que, a partir de 2029, vai deixar de produzir cartões de crédito e débito com tarja, apostando nas tecnologias de pagamento sem contato.
A Visa também adotou o NFC, e lançou no Brasil, há um ano, solução de tap on phone que transforma smartphones e tablets Android, habilitados com a tecnologia NFC, em terminais de pagamentos por aproximação. De janeiro a setembro de 2022, a adoção da tecnologia teve um crescimento médio mensal em torno de 46% no número de estabelecimentos credenciados. Em julho, o volume transacionado por meio desta tecnologia mais que dobrou, se comparado ao mês anterior.
O tap on phone da Visa já conta com sete parceiros no país, como Stone, Sicredi, Cloudwalk e Mercado Pago. Por meio dele, os estabelecimentos comerciais podem receber pagamentos de forma simples e econômica, com alto padrão de segurança e ainda eliminando barreiras como o custo de aquisição e manutenção de uma maquininha POS e reduzindo problemas de logística para entrega e troca de aparelhos.
“Os micros, pequenos e médios empresários ganharam um benefício valioso na palma da mão, uma vez que muitos consumidores estão experimentando mais os pagamentos por aproximação, seja por reduzir o contato, seja por melhorar a experiência de compra, proporcionando conveniência e segurança”, afirma Fernando Pantaleão, vice-presidente de Vendas e Soluções para Comércios da Visa do Brasil.
Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa de soluções tecnológicas para meios de pagamento, afirma que “a agilidade e a praticidade para realizar as transações fizeram com que a tecnologia se tornasse cada vez mais popular”. Segundo dados da Opinion Box, a modalidade esteve presente no dia a dia de 47% dos brasileiros em 2022.
A tecnologia NFC também é sustentável, pois evita a fabricação de novos cartões ou maquinhas, evitando novas emissões de gás carbono e lixo eletrônico. “O consumo de papéis e plásticos nos meios de pagamento também é um debate no mercado. Essa é uma tendência pensada ambientalmente”, ressalta Samuel Ferreira.
Com informações do Finsiders e Mobile Time.
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