A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima sua projeção de aumento no volume de vendas do comércio varejista em 2014. Agora, a entidade vê possibilidade de aumento entre 6% para 6,5%. Antes, estimava um teto de 6%.
A CNC também elevou levemente a projeção de aumento no volume de vendas para 2013, de 4,5% para 4,7%, em relação a ano anterior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar o desempenho fechado do setor para o ano passado somente em fevereiro. Em 2012, o aumento nas vendas do varejo foi de 8,4%. Embora as perspectivas da entidade para o ano de 2014 sejam otimistas, a CNC apurou humor negativo entre os empresários do setor no começo do ano, devido a fatores sazonais. É o que mostrou o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), divulgado hoje, e que mostrou retração de 2,4% em janeiro, em comparação com dezembro do ano passado; e recuo de 2,3% em relação a janeiro de 2013 – sendo que essa última taxa negativa foi a sexta mensal consecutiva, nessa comparação.
Para a CNC, o desempenho ruim pode ser interpretado como “uma reação natural à desaceleração típica do comércio no início do ano”. Historicamente, o último trimestre de cada ano costuma ser mais aquecido devido às vendas de Natal, o que consequentemente influencia um desaquecimento no primeiro mês de cada ano, no seto.
Mas para o economista da CNC e responsável pelo Icec, Fábio Bentes, os dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE mostram que esse humor negativo não deve continuar. Bentes lembrou que, após crescer apenas 3% na primeira metade de 2013, de julho a novembro, o volume de vendas medido pela PMC reagiu e passou a crescer 5,8% ante o mesmo período. Ou seja: o ritmo de aumento de vendas no comércio varejista se fortaleceu até novembro do ano passado. “O cenário de janeiro foi influenciado por fatores sazonais, que não devem persistir”, afirmou.
O economista fez uma ressalva. Embora as vendas do varejo esse ano devam ser melhores do que as de 2013, o setor não deve atingir o patamar de aumento de vendas observado há dois anos. Isso porque, além de ausência de estímulos fiscais para consumo – como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis em 2012 -, a inflação segue elevada. “Enquanto a economia não reagir de forma mais robusta, o comércio varejista não vai voltar a mostrar desempenho como o registrado em 2012”, disse.
Há mais trinta anos, um grupo de comerciantes Varejistas de Petrolina, percebendo, visionariamente, a amplitude na qual está terra se tornaria, reuniu-se na sede da antiga Companhia Telefônica do São Francisco, com intuito de criar uma entidade que representasse, organizasse e unisse a classe lojista.
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