Pouco mais de R$ 143 bilhões, decorrentes do pagamento do 13º salário, devem ser injetados na economia brasileira neste ano, revela estudo divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Pernambuco, este montante será de R$ 4,5 bilhões, valor 15,3% maior do que o que foi injetado no ano passado (R$ 3,9 bilhões). Nacionalmente, houve um incremento de 9,8% em relação a 2012.
Cerca de 82,3 milhões de trabalhadores em todo o país serão beneficiados com o rendimento adicional de R$ 1.740, em média. O número dos que receberão o décimo aumentou 2,9% na comparação com os beneficiados no ano passado. A estimativa é que 2 milhões de pessoas a mais passem a receber o adicional de fim de ano.
Em Pernambuco, os dados do Dieese mostram que 96 mil pernambucanos a mais receberão o 13º a partir do dia 30 de novembro, quando será paga a primeira parcela do benefício. Ao todo, 3,187 milhões de trabalhadores terão direito ao abono natalino no estado. Em 2012, o índice era de 3,91 milhões. Já o valor médio do benefício em solo pernambucano é menor do que o patamar nacional: R$ 1.276.
Aproximadamente 70% dos recursos (R$ 100 bilhões) irão para trabalhadores da ativa, que representam 50,6 milhões de pessoas, ou 61,4% do total de beneficiários. O valor médio do abono para esse segmento é R$ 1.988,05. Contando apenas os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho, o rendimento médio cai para R$ 856,77 – os domésticos somam 1,760 milhão, correspondendo a 2,2% do total de trabalhadores.
A parcela formada por aposentados e pensionistas da Previdência Social, que representam 37,4% dos beneficiários, receberá pouco menos de R$ 30 bilhões. O valor médio do benefício é R$ 951,23. Há ainda o conjunto de 760 mil pessoas que recebem pensão da União (regime próprio) e ficarão com 5% do montante, o equivalente a R$ 7,2 bilhões. O valor médio, nesse caso, é R$ 7.309,85. Os que recebem pelo regime próprio dos estados ficarão com R$ 6,3 bilhões, ou 4,4% do montante.
Distribuição regional
De acordo com o Dieese, a maior parte do décimo terceiro (51%) ficará nos estados do Sudeste. Em seguida, vêm as regiões Sul (15,6%) e Nordeste (15,4%). Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,4% e 4,7%. Aposentados e pensionistas do regime próprio da União não estão incluídos na conta e respondem, isoladamente, por 5% do montante, podendo viver em qualquer região.
O levantamento é baseado em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, além de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.
O estudo do Dieese não considera autônomos, assalariados sem carteira ou outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano. Também não há distinção de categorias que recebem parte do décimo terceiro antecipadamente, por definição de acordos ou convenções coletivas de trabalho. Os dados, portanto, constituem uma projeção do volume total que entra na economia ao longo do ano em razão do décimo terceiro salário. Estima-se, entretanto, que cerca de 70% dos valores sejam pagos no fim do ano.
Fonte : Dário de Pernambuco
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